COMERCIANTES DO CENTRO PEDEM MAIS SEGURANÇA

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COMERCIANTES DO CENTRO PEDEM MAIS SEGURANÇA

O centro de Curitiba já não está figurando tanto na lista dos turistas e moradores da cidade. O êxodo do público se dá principalmente pela falta de segurança e ao grande número da população em situação de rua, que em vezes abordam as pessoas com agressividade.

Os comerciantes estão preocupados com a queda no movimento. "Entendemos os problemas com pessoas em dificuldades e que pedem ajuda. Nós ajudamos. Mas, muitos assustam os nossos clientes que estão nas mesas", diz Sandra Hamdai, dona de um bar/restaurante da rua XV. No mesmo local, a falta de segurança deixa a gerente comercial, Roseli Erculano apreensiva quando chega e sai do trabalho. "É sempre um medo. Já que vão mudar o horário do comércio, é preciso mais segurança. Andar por aqui após às 18h é sempre muito perigoso", relata.

O atendimento para pessoas em situação de rua passa por diversas esferas do poder público, mas a principal delas é a FAS (Fundação de Ação Social). "Temos vários projetos. A nossa abordagem atua 24h por dia, toda a semana. Um trabalho estratégico e de sensibilização para o encaminhamento à rede assistencial. Oferecemos hotel social, casas de passagem, centros pop, cursos de capacitação. Queremos que voltem à vida normal. Mas, o uso de substâncias químicas em muitos casos, dificulta o atendimento. A partir disso passa a ser uma questão de saúde e segurança pública", destaca a diretora de atendimento à população de rua da FAS, Grace Puchetti. Nos primeiros meses de 2023, foram registradas mais de 10 mil solicitações de atendimento para pessoas em situação de rua. Crescimento de 80%, comparado a 2019, antes da pandemia.

Ao passar ou se deparar com uma situação de crime, os comerciantes e frequentadores recorrem à Guarda Municipal. "Nossas abordagens são feitas por solicitações da comunidade pelo 153 e 156, via parcerias (ações conjuntas). Ao fazermos a abordagem policial caso haja um crime a pessoa é encaminhada para os procedimentos legais. Quando não, solicitamos ou indicamos a FAS para encaminhamentos sociais", explica o inspetor da GM, Celso dos Santos Junior.

Levantamento da Secretaria de Estado de Segurança Pública do Paraná aponta que em 2022 o centro foi a região com mais furtos em Curitiba, com 5554. Número se dá pela grande circulação de pessoas, todos os dias.