DEPUTADO ESTADUAL 23444

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NÔMADE DIGITAL. O SEU ESCRITÓRIO É O MUNDO

O período crítico da pandemia, em 2020, trouxe muitas mudanças e incertezas. Mas com ele vieram descobertas positivas. A força do home office, possibilidade flexível e rentável para empresários e colaboradores. Nisso, quem sempre teve a vontade de trabalhar de qualquer lugar do mundo, viu uma oportunidade. Esses são os nômades digitais, pessoas que viajam o mundo, trabalham e cumprem suas funções normalmente.


A jornalista, Yasmin Graeml se tornou uma dessas pessoas, sem perceber. Já viajava muito, devido ao trabalho do pai e via na atividade remota da mãe, um modo de continuar na mesma toada. "Acho que era um sonho, mas aconteceu meio sem querer. Minha mãe trabalha remoto fazem quase 20 anos e eu sempre achei muito legal a flexibilidade que ela tinha. Queria algo assim para poder viajar quando eu quisesse", conta.


A pandemia foi um desafio para todos, mas ela percebeu a oportunidade de comprar passagens mais baratas e buscar a independência logística. "As passagens durante a pandemia estavam tão baratas que resolvi organizar um semestre sabático pós pandemia, foi aí que me contrataram em uma empresa 100% remoto. Eu sempre brinco que a única negociação que fiz no meu primeiro contrato foi que a minha localização não poderia ser questionada", afirma.


Quem imagina que essa vida é extremamente cara e sem perrengues, se engana. "Existe esta ideia de que viajar é caro, mas na verdade depende muito. Primeiro existem países mais caros e mais baratos e a vantagem de trabalhar viajando é que você continua recebendo. Eu sempre tento manter as viagens dentro do que recebo e alguns lugares do mundo dá e sobra e outros eu preciso 'gastar a sobra' . É importante equilibrar. E claro, os perrengues sempre existem. O principal é o fuso, já trabalhei em vários horários diferentes e estou sempre reorganizando minha agenda para participar das reuniões", explica Yasmin, que já trabalhou de mais de 40 países diferentes, pela mesma empresa. Nos Estados Unidos, na Espanha, na França, na Austrália, onde está agora. Dá pra viver o ano inteiro no inverno ou no verão. Basta querer.


Muitos empresários e chefes veem a tendência de maneira diferente, mas a gestora de pessoas, Fernanda Chaves percebe que se o ser humano está bem, feliz, vai produzir mais e melhor, de onde estiver. "Prezo por produtividade mas, acima de tudo, pelo bem estar e qualidade de vida do profissional. Vejo os chamados 'nômades digitais' com muito bons olhos pois, eles estão associando suas escolhas e estilos de vida ao dia a dia no trabalho", afirma.


E para surpresa de muitos, isso já pode ser considerado tendência. "Sim. As pessoas estão se sentindo mais à vontade para seguir seus gostos e desejos. Além disso, como nosso mercado de trabalho tem se expandido vertiginosamente, todos temos tido mais possibilidade de escolher empregos sem se fixar geograficamente", finaliza.


Segundo o Relatório Global de Tendências Migratórias 2022 da Fragomen, empresa especializada em serviços de imigração mundial, 35 milhões de profissionais já atuam sem endereço fixo, em todo o mundo, número que pode chegar a um bilhão em 2035.

Foto: Yasmin Graeml

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