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DOENÇA CELÍACA EM CRIANÇAS. DESAFIO PRA ELAS E OS PAIS

Portadores da doença celíaca não podem consumir produtos com glúten, como pães, bolos, pizzas e mais uma lista imensa de alimentos. No Brasil, são em torno de 2 milhões de pessoas com a doença. Agora para uma criança com a doença celíaca, a dificuldade é maior ainda.


Para Fernanda Kotzias, mãe do pequeno Theo, celíaco, a descoberta da doença foi um baque. "No primeiro momento, quando apenas recebi a mensagem da médica 'dieta totalmente isenta de glúten', fiquei muito preocupada e transtornada, como mãe querendo resolver o problema", conta. Em casa a situação foi se normalizando, mas fora as dificuldades são maiores, na escola por exemplo. "Ele almoça lá todos os dias. Mas antes disso, foram reuniões e mais reuniões com nutricionista, departamento de inclusão e coordenadora. Onde garantiram o cuidado redobrado. No final do ano, doei um forno, para que ele tenha a preparação das suas refeições separadamente, sem correr o risco da contaminação cruzada", explica.


Fernanda se vê preocupada com a falta de estrutura para atendimento de pessoas celíacas em geral. "Temos poucas opções em Curitiba. Fui percebendo que os estabelecimentos não estão preparados para o atendimento correto. Foi quando busquei ajuda com o gabinete do vereador Herivelto e expus a minha preocupação, não só pelo meu filho, mas buscando um ambiente melhor e sadio para os celíacos", diz.


Herivelto traz o assunto à tona desde 2020, com audiências públicas, tribunas livres e projetos de lei. "Já são vários eventos que realizamos. Sempre trago o tema para debate. Está em trâmite na Câmara o meu projeto do 'Passaporte Celíaco'. A ideia é disponibilizar um documento que comprove que a pessoa tem a doença e permita que possa consumir seus próprios alimentos em locais públicos e estabelecimentos que não detém dessa alimentação especial", explica.


Além da alimentação propriamente dita, há falta de informação sobre a doença em crianças. Foi o que percebeu a escritora e também celíaca, Eve Ferreti. "Começamos a postar tirinhas para alertar a todos sobre o dia a dia dos celíacos e os cuidados que devem ser tomados em relação à contaminação cruzada, por exemplo, além de desmistificar e esclarecer muitas coisas de forma bem humorada. Em um ano, reunimos mais de seis mil seguidores de forma orgânica, pois muitas pessoas se identificaram", conta.


Tratar do assunto com crianças demanda leveza e até um toque de diversão. "Nossa abordagem é descontraída, descomplicada e colorida. Mostramos o dia de crianças que possuem diferentes tipos de restrição alimentar e intolerâncias, além de propor dietas diferenciadas. A intenção é despertar a empatia, o respeito, o conhecimento de adultos e dos colegas das crianças diagnosticadas, acerca da vida alimentar e do bem-estar", conta. Com o sucesso nas redes sociais, Eve já produziu livros sobre não só a doença celíaca, mas também intolerância à lactose e diabetes.


A informação pode garantir à crianças e adultos uma vida mais descomplicada e saudável.

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