DEPUTADO ESTADUAL 23444

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O PRECONCEITO NÃO ENXERGA O POTENCIAL

Há 25 anos a ONU indicou o 02 de abril como o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. Data que marca a busca por mais informações e a redução da discriminação e do preconceito contra os indivíduos que apresentam o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Uma condição de saúde caracterizada por desafios em habilidades sociais, comportamentos repetitivos, fala e comunicação não-verbal entretanto, terapias adequadas a cada caso podem auxiliar essas pessoas a melhorar sua relação com o mundo.


Os especialistas afirmam que é possível identificar o autismo entre 1 ano e meio e 3 anos da criança. E destacam que os próprios pais são capazes de detectar os primeiros sinais do autismo a partir dos 8 meses.

Diagnóstico que veio a ser investigado e pesquisado há pouco tempo. Marcia Ratmann, mãe de um menino autista de 25 anos, teve essa dificuldade na época em que seu filho era criança. "Ficamos preocupados principalmente por terem demorado 13 anos para fecharem o diagnóstico. Mas depois começamos a pesquisar e estudar sobre o assunto e eu e o Rafael fomos percebendo que haviam muitas questões a serem exploradas e entendidas por nós nessa área", conta. Após a descoberta a vida de todos passou a ser diferente. "Eu fui aprendendo aos poucos a lidar com ele, porque têm muitas especificidades. Agora depois de 6 anos do diagnóstico de autismo, eu e o irmão sabemos lidar melhor com ele, mas em alguns períodos ainda é bem difícil", completa.


Outra dificuldade é a inserção dessas pessoas no mercado de trabalho. "O Rafael hoje faz faculdade de jornalismo. Não consegue estágio, pois as empresas não estão preparadas para receber uma pessoa com autismo. Infelizmente, não reconhecem o potencial que eles podem mostrar", reclama.


Aconteceu nesta semana na Assembléia Legislativa do Paraná, uma audiência pública para debater todo o âmbito da vida das pessoas autistas. A psicóloga e diretora de uma clínica em Curitiba, Maria Helena Jansen explicou que houve um aumento na incidência de casos de autismo nos últimos anos, há um caso a cada seis crianças. “Nós precisamos cuidar dos autistas e das famílias, e principalmente da inclusão deles na sociedade. As necessidades são muitas. Muitos autistas têm excelentes habilidades, potencial altíssimo, mas têm dificuldade no trabalho, pelas suas características, esse é o cuidado que precisamos ter”, diz.


Dados


A Organização Mundial da Saúde estima que há 70 milhões de pessoas com autismo em todo o mundo, sendo dois milhões no Brasil. Sendo que uma em cada 88 crianças apresentam sinais do transtorno. Em 2019, ano anterior a pandemia, números mostram que no Paraná existem mais de 100 mil crianças autistas, cerca de 0,96% da população.

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